Agamenon Almeida
A vida é a arte do possível na busca do impossível.
Textos
DONA DA RUA

Eram lentos os passos incertos
Atravessando a faixa da rua
O corpo frágil, mas ainda ereto
Parava o trânsito da frenética rua

E eu ali, parado, só fiquei olhando
A elegância da dama de preto
Esquecida que tudo parava
Ainda segurava um cigarro aceso

Alguns motoristas já xingavam alto
Aborrecidos e em desassossego
Mas a dama de preto nem se quer olhava
Em contido passo alcançou o passeio

E seguiu altiva pouco se importando
Com o burburinho que ficou na rua
Entre vários gritos alguém reclamava:
Esta velha dama é a dona da rua?

E ela impassível, serena e calma
Quase em extase de reflxão 
Por certo dizia - oh! Pobres mortais
O que será de vossos corações.
Agamenon Almeida
Enviado por Agamenon Almeida em 15/07/2007
Alterado em 15/07/2007
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Comentários